sábado, 13 de dezembro de 2014

O reino das Sombras, Além do meu Mundo




Capitulo 1


  Serena μ

  Bem, meu nome é Serena e eu vou ser a primeira a falar, porque o Joe e o Arthur são muito medrosos e...[não, ai, para de puxar meu cabelo Joe, ai, Arthur, tinha mesmo que socar minha barriga? Olha que eu processo vocês hein? Hã, e dai que meio mundo acha que a gente tá morto? Eu processo, quero meu advogado, o.k, esqueci que não tenho um advogado], bom, acho que peguei pesado, a verdade é que essa história assusta nós três. Hum... acho que tudo começou naquela sexta-feira...
Eu e o Joe estávamos voltando do colégio, indo pro condomínio aonde morávamos... o Joe, era, basicamente um verdadeiro inimigo mortal do silêncio, e começou a puxar assunto.
     -Sabe o garoto novo, Arthur?- ele perguntou, ergui o rosto e o encarei, Joe tinha olhos azul-gelo e cabelo escuro, até era bonitinho [sim, Joe, primeiro te chamei de medroso e agora to falando que você até é bonito, se quer o que? Cresci do seu lado garoto], bem, eu havia ouvido as garotas populares falando que o garoto novo era "o maior gato", então decidi que não ele não devia valer tanto assim. Assenti pro Joe e ele continuou
  -Na hora do intervalo, a Clarissa, bem você sabe como é a Clarissa, ele derramou acidentalmente coca na blusa branca dela, ai ela ficou irritada, deu chilique e tudo ai, o tal Arthur se irritou, e o bebedouro do lado deles explodiu.- disse o Joe, paralisei, e arregalei os olhos
  -Mas a diretoria disse que foi só um problema no encanamento.- ele disse, soltei um ah mudo, Joe sabia que eu acreditava nessas histórias de bruxas, magia, monstros que ficavam a espreita, apenas a espera de uma alma pura para se alimentarem...
  Ao entrar no condomínio, cumprimentamos o Márlon, que era o porteiro. Ele tinha cabelos e olhos escuros, o cabelo tinha alguns poucos fios grisalhos, devia ter 40, 50 e poucos anos, e ao que parecia, eu e o Joe eramos os únicos que conseguiam vê-lo.
  O Márlon, é um cara legal. Sabe umas histórias bem legais sobre Sombras, que de acordo estas histórias, são seres mágicos, que eram assim chamadas por só suas sombras poderem ser vistas, e suas sombras só podiam ser avistadas sobre uma pedra de quartzo em estado bruto, ou uma de granito polida. Márlon também era um ótimo professor de história e era o único que conseguia declarar Shakespeare sem me fazer dormir.
  Me despedi do Joe e entrei em casa, minha mãe estava na cozinha, lavando os pratos, sorri pra ela, e a abracei. Minha mãe tem 35 anos, e assim como eu tem cabelos ruivos e lisos. Mas, a diferença é que seus olhos eram cor de mel e os meus são cor de âmbar
  Fui pro meu quarto fazer a lição de redação. Meu quarto... bom, uma das paredes é de vidro, então toda luz que entra por ele é natural, as paredes são cinza tempestade, que é a minha cor favorita. Minha cama é de madeira escura. Do lado da cama esta meu skate, porque eu amo andar de skate. E também estão meus CD's favoritos, cada disco do Simple Plan, três CD's da Zedd e um CD do Maroon 5. E claro, os livros que eu estou lendo, que são ''Alice no Pais das Maravilhas e Alice através do Espelho'', ''A Filha do Sangue'', ''Sonho de uma noite de verão'', ''As Cronicas de Nárnia, a Ultima Batalha'', ''O Sangue do Olimpo'', ''Diários do Vampiro, Despertar'', ''Cidade dos Ossos, ''Julieta'' e ''O Livro da Bruxa''. Sim, eu estou lendo todos ao mesmo tempo e não, não sei se isso faz parte da minha loucura ou é o que me faz uma pessoa louca. 
  Meu guarda-roupa, de madeira de carvalho, era branco e é cheio de adesivos de chiclete. Minha escrivaninha tá cheia de ursinhos de pelúcia, retratos e tem também uma caixinha de musica na forma de maquina de costura. Meu notebook estava sobre a cama. Coloquei um CD da Demi Lovato e pus pra tocar Heart Attack, serio, eu só consigo fazer lição de casa, se tem uma musica tocando. Depois de fazer a lição, desliguei a musica. Pendurei meus novos poster's de The Vampire Diaries, Divergente, Teen Wolf e Supernatural, que eu ganhara numa aposta. Peguei meu violão, afinei e peguei a cifra de Two is Better Than One. Comecei a tocar e na metade da musica a corda Sol arrebentou.
  - Tava demorando.- sussurrei. Ouvi então o barulho de um vidro quebrando e o grito da minha mãe. Levantei num pulo e corri pro quarto dela.
  O vidro estava obviamente espatifado. Não havia sinal da minha mãe em lugar algum. Em cima da cama da minha mãe havia um papel dobrado. Fui pegar mas eu estava descalça, porque é legal andar descalça, e ai acabei pisando nos cacos de vidro, pulando e gritando ''Sai de mim, vidro mau, muito mau.''  Por fim, sentei na beira da cama da minha mãe, olhei meu pé, tirei alguns cacos com as pontas das minhas grandes unhas- mentira, eu roo unha, elas são pequenas- e depois sussurrei
  - Cure.- o ferimento fechou, mas eu me senti exausta, com enjoo, sede, e também senti minha pele queimar, será que era assim que a comida se sentia no microondas? Se não era, era algo bem parecido.
Suspirei e peguei o papel. E assim que vi a letra eu soube, minha mãe havia sido sequestrada... POR UM MÉDICO.

 Minha cara desconhecida
aqui quem lhe escreve é a decima quinta sombra do mau, e se quiserdes sua mãe de volta, terás de jurar lealdade a mim, sobre as asas de pegaso, daqui três dias. Ate lá minha querida.
Assinado: Décima Quinta Sombra do Mau.




  Certo, então, talvez um médico tenha fugido do manicômio e fez da minha mãe a sua primeira vitima porque... porque... é, eu não sei porque, mas... quem entende um medico pirado? Eu que não.
  Meu celular começou a tocar. Levantei ainda atônita, atendi no terceiro toque, era o Joe
 -  ISSO É CRUEL DE MAIS ATÉ PROS SEUS PADRÕES, SÊ.- ele gritou assim que atendi. Revirei os olhos, era bem a cara do Joe me culpar por nada, especialmente quando eu não havia feito nada.
  - O que foi dessa vez?- perguntei, ele riu com escarnio.
  - Meus pais e meu irmão sumiram.- ele disse, suspirei, olhando a foto do casamento da minha mãe, ela e meu pai haviam se casado no civil, ela usava uma blusa regata verde e uma calça legue preta, ele usava bermuda jeans e uma camisa branca suja de pepsi diet. A festa havia sido na casa da minha avó paterna no Brooklyn. Sem vestido, terno, buffet, buque, um casamento simples e feliz...
 -  O que eu tenho a ver com isso, Joe?- perguntei.
  - Não se faça de idiota. Eu sei que essa é mais uma das suas pegadinhas, você sempre faz isso. E como sempre eles decidiram te ajudar.- Joe gritou. Suspirei, uma garota não pode lamentar o desaparecimento da mãe em paz?
  - O que te leva a pensar que fui eu que fiz isso?- perguntei, passando a mão nos olhos pra segurar as lágrimas
  - O bilhete, oras essa. Realmente, você não...- tempo, bilhete? Por que isso me soa tão, mais tão, mais tão familiar?
  - Que bilhete?- perguntei
  - Esse bilhete que você deixou assinado Décima Sexta Sombra do Mau.- ah, é decima sexta, nada ver e... não, peraí, é algo a ver sim!!!!!
  - Joe, me escuta bem, cara. Eu não escrevi bilhete nenhum. Seus pais não tão aqui, nem seu irmão. A minha mãe também sumiu, e ficou um bilhete, assinado decima quinta sombra do mau.- falei, olhando por sobre o ombro, para o quarto da minha mãe.
  - O que que tá acontecendo?- ele perguntou
  - Eu não sei.- sussurrei, ficamos quietos por um instante, antes de eu tomar coragem e falar- Joe, eu to com medo.- lágrimas escorreram por meu rosto, senti um peso sair de minhas costas, mas... mas não me sentia melhor
 - Vai ficar tudo bem, Serena.- Joe falou, suspirei
Então Joe gritou- Ai. Que que cê ta fazendo aqui, me solta, olha que eu.. droga. Me solta.- Joe gritava e de repente... o celular ficou mudo. Suspirei e enterrei o rosto nas mãos. Limpei as lágrimas e olhei o retrato do meu pai. Seus olhos eram cor de âmbar, tal como os meus, os cabelos escuros caiam sobre os olhos, sorri e sussurrei
  - Queria que você estivesse aqui.- alguém bateu na porta. Corri pra abrir e me deparei com Márlon, que segurava o braço de Joe com tanta força que chega escorria sangue do braço do menino. Arregalei os olhos e Márlon me puxou. Protestei, mas ele não ligou, continuou segurando meu braço. Que ficou muito, muito dolorido.
  Márlon nos levou até a casa dele. Uma casa de um andar, com telhado plano, paredes de granito polidas e pintadas de preto, uma varanda de madeira marrom clara com damas da noite, a porta era de madeira branca. No jardim enfrente a casa dele havia uma pequena trilha de terra que levava direto a porta da frente, as janelas tinham vidros escuros. Márlon nos empurrou para dentro.
  A sala era um lugar bonito, e mesmo com o medo me dominando, ali eu me senti no meu lugar, me senti como uma rainha devia se sentir ao sentar no seu trono pela primeira vez, confusa porém feliz.
  A sala tinha um sofá branco com almofadas pretas, uma mesa de cetro de madeira, cheia de papeis e mapas múndis, era iluminada por velas. Sombras de seres estranhos surgiam e desapareciam das paredes, havia um mural cheio de armas-adagas, espadas, arcos, alijavas, flechas, setas, bestas, dardos- e uma estante cheia de livros velhos. Havia um garoto próximo ao sofá, uma escada que parecia levar ao porão, o teto era pintado com cada constelação e... tempo, volta a fita. Um garoto? Voltei o olhar para este tal garoto, ele tinha cabelos e olhos escuros tal como o breu, a pele era clara, usava uma camiseta dos Beatles, tinha um iphone na mão e fones de ouvido no pescoço, usava uma calça jeans preta e tênis da Nike. ele me era um tanto familiar
 -  Você é Arthur, não?- perguntei, reconhecendo o garoto novo, ele me olhou curioso
 -  Depende, eu te conheço, ruivinha?- ele perguntou hesitante
 - Hã... eu sou da High Sky School.- falei o nome da escola em que estudávamos
 -  Ah, que pena, poderíamos ter nos dado tão bem se você tivesse ocultado este detalhe. Mas, sim, sou Arthur Avalon. E você seria?
 -  Serena Holt.- falei, ele assentiu levemente. Me virei para Márlon e falei- O.k, mas que droga ta acontecendo em nome de tudo que é mais sagrado. Explica.- falei, Márlon suspirou e se sentou, cruzei os braços esperando
 -  Lembram-se das que eu lhes contei? Sobre as Sombras... era tudo verdade.- Márlon falou, ergui a sobrancelha duvidosa. Arthur riu e disse
 -  Contou as histórias para eles? Depois o meu lado que quebra as regras.- olhei para Joe que parecia tão confuso quanto eu. Sentei no sofá e respirei fundo duas vezes.
 -  Olha, lembrar das histórias eu até lembro. Mas o que isso tem haver?- perguntei, Joe sentou-se do meu lado e segurou minha mão. Lembrei que minha mãe havia me dito certa vez que achava que o Joe estava afim de mim!!!!! Eu achara aquilo o cumulo do ridículo mas evitara Joe por uma semana. Não, não é que ele não fosse bonito, ou que eu não gostasse dele. Mas ele era um amigo, qualquer coisa além disso era pesadelo.
 -  As Sombras são reais.- Márlon disse- Alguns humanos, são... abençoados pelas Sombras, pessoas como nós, são chamadas de Ab Aeterno Inter Mortis. Significa ''De toda a eternidade entre os mortos.''  Provavelmente porque vivemos muito entre os vivos, o triplo de tempo que uma pessoa comum viveria. Mas, nossas almas só encontram a felicidade eterna e real dentre os mortos.- uni as sobrancelhas confusa, o que isso tem haver comigo?- Os Ab Aeterno, como preferimos ser chamados...- notei que ele se incluía nas frases- Somos escolhidos por algo especial, um talento, uma qualidade, um sentimento, um objeto, a data do nosso aniversário. -WHAT?!! Eu ouvi direito?
  O.k, agora é definitivo, o Márlon pirou... SOCORRO.
 - Márlon.- falei calma, ou como mamãe dizia, na minha ''voz de médica''.- Você está se sentindo bem?- indaguei. Márlon então gritou fazendo Joe e eu darmos um pulo
 -  EU NÃO ESTOU LOUCO. O.K, SERENA?- Arthur gargalhou com a cena, oh, meu Deus, ele achou engraçado! É a prova de que eu precisava pra ter certeza de que ele não era outro louco.
Me virei novamente para, Márlon, segurei a mão dele e forcei um sorriso compreensivo. A negação era normal. Ele passaria por ela... um dia.
 - Tem certeza de que esta bem, Márlon?- perguntei ainda no tom de medica. Márlon semicerrou os olhos, levantou andou de um lado por outro por um tempo, depois se virou e apontou o dedo para mim, em seus olhos havia o brilho da loucura.
 - Você! Posso apostar minha casa que tem as qualidades para servir a Décima Quinta Sombra do Bem.- ele disse e depois apontou o dedo para Joe.- E quanto a você, Joe, posso apostar cada Sombra Inferior que serve a minha casa, que você é qualificado o bastante pra servir a Décima Sexta Sombra do Bem.- Márlon afirmou convicto.
 -  No bilhete estava assinado Sombra do Mau...- Joe sussurrou como quem não quer nada. Arthur suspirou, ele estava sentado no chão atrás do sofá. Me virei e vi que ele estava lendo um livro de capa preta em que o titulo estava escrito em vermelho sangue em cada uma das paginas amareladas como ''Homo Sapiens Sapiens: Gênesis'' .
  Mas que merda é essa afinal? Um livro sobre a origem humana? Isso a gente aprende na escola, num curso de religião, sei lá... mas não num livro que tem a largura de três livros do volume único das Cronicas de Nárnia.
 -  As Sombras do Mau... nunca houve um único Ab Aeterno que pudesse servi-las, porém elas manipulam os que podem servir as do Bem, para que sirvam a elas.- Márlon explicou, o.k, esta quase me convencendo. QUASE.- Vocês são Ab Aeterno.- Hein? Tão tá. O.k, não tá nem perto de me convencer. Tive vontade de falar ''Prove'' ou qualquer coisa do gênero quando lembrei de quando curava minhas feridas e de que nunca na vida eu havia ficado doente...
 - Faz sentido.- disse Joe. Ih. Ferrei-me. Meu melhor amigo ficou louco. Como eu saio daqui? S.O.S. SOCORRO. HELP-ME. Policia, bombeiros, exercito, vizinhos, motoqueiros, e todos os outros salvadores da pátria, me salvem... tipo assim, AGORA!!!
 - O.k. Supondo. Supondo que eu acredite. Você disse uma vez que os Servos das Sombras são caçados por monstros do submundo e criaturas sobrenaturais como Sucumbas. Como escapavam?- perguntei se eu ia ser caçada, posso ao menos saber como sobreviver?
 -  Eles tinham poderes. A Décima Quinta Sombra do Bem, era a Sombra dos remédios, saúde, cura e magia. A Décima Sexta é a da salvação, velocidade, força e habilidade.
 -  O.k, desde quando o Joe é forte? Ou é bom em alguma coisa além de andar? E se quer minha opinião, nem isso ele faz direito.- falei
  - Alguém te perguntou alguma coisa, Serena Holt?- Joe perguntou, notei algo diferente na voz dele, estava sombria, retumbante e parecia com a voz que um rei deveria ter... majestosa, sei lá.
  Seja o que fosse agitou em mim dois sentimentos completamente contraditórios. Medo e Ultraje,
  Medo porque ele parecia poderoso, e perigoso. Ultraje por ele achar que tinha algum poder sobre mim.
 -  Parem.- Márlon falou. Notei que havia socado Joe no olho e ele me jogara no chão, meu braço doía pra caramba, e o nariz de Joe sangrava. Mas que droga tava acontecendo?- Vocês não podem se entregar aos Instintos das Sombras. Tem de cooperar. Se controlem.- Márlon falou com um tom de advertência, parecia haver um trovão em sua voz, me encolhi levemente e arreganhei os lábios deixando os dentes a amostra, Márlon me encarou e eu voltei a mim.        Levantei e tornei a me sentar no sofá, o mais longe possível de Joe.
  Havia algo instintivo de mais em mim naquele instante, um instinto tão antigo quanto o tempo e tão escondido quanto a água subterrânea, um instinto que se agitava ferozmente em mim, tentando voltar a superfície. Eu nunca batera em Joe. Pelo menos não forte o bastante para deixar marcas... no entanto ali estava ele com o olho roxo e eu com o braço dolorido. Virei o rosto e passei a encarar as Sombras que surgiam nas paredes e em seguida sumiam, voltei ao assunto principal.
 - E nossos pais?- perguntei
 - Devem estar no Reino das Sombras.- Arthur disse atrás do sofá, me virei para olha-lo, Arthur ergueu os olhos deixando o livro de lado.
 - Hein?- indaguei, Arthur revirou os olhos
 - É onde vivem as Sombras. Dã.- Arthur falou, fiz que entendi tudo mesmo sem entender nadica de nada.
 - Bem, se vão ao Reino das Sombras vão precisar de armas. E Arthur poderá guia-los.- Márlon disse
 - Você não acha mesmo que eu vou sair por ai com os queridinhos das Sombras Brancas?!- gritou Arthur ficando de pé de repente, a voz tão retumbante quanto um trovão.
 - Acho. Você me deve.- Márlon falou num rosnado, que a meus ouvidos pareceu o rosnar de um leão-da-montanha ou algo assim. Arthur rosnou em resposta os olhos refletindo de repente uma caveira, mas não havia caveira alguma na sala... como? É... olhei para Márlon, seus olhos brilhavam num tom de prata reluzente.
  Novamente o medo me dominou, Joe levantou ficando entre Arthur e Márlon. Joe se agachou lentamente, tocou o chão e seus olhos azuis tornaram-se brancos. Ele se levantou e rosnou baixo o som do rosnado de um... puma, eu acho. Eu estava arfante, sentindo uma especie de... odor, uma sensação, algo que se espalhava pela sala, algo psíquico. Magia... Arthur pulou sobre Joe, arreganhei os lábios me levantando, Márlon pulou sobre Arthur o afastando de Joe, que estava com o pescoço sagrando-sei de nada. Respirei fundo, estiquei os braços, Arthur e Márlon se afastaram, sangue escorrendo por seus olhos e por seu narizes.
 - Agora já chega!- sibilei, me ajoelhei ao lado de Joe toquei seu pescoço com uma mão e com a outra toquei seu olho e sussurrei- Cure.- o ferimento cicatrizou, e em pouco tempo até mesmo a cicatriz sumiu. Joe se sentou estatico.
 -  Ele vai ficar bem.- falei exausta. Me virei para Márlon que não mais sangrava, porém me encarava de forma curiosa.- Tudo bem. Disse que iamos precisar de armas. Então a julgar pela sua coleção ali na parede... não vamos ter de procurar.- falei, Márlon suspirou, atrás dele surgiu a sombra de um leão, mas assim que pisquei, esta desapareceu. Voltei a encarar Márlon, cujo os olhos voltaram a natural cor preta.
 - Muito bem. Mas não posso ir com vocês ao Reino. Fui banido a duzentos anos.- ignorei a parte dos anos. Márlon não podia ser tão velho... podia?- e vocês não podem ir sozinhos, além do que...- o interrompi falando
 -  Arthur vai nos levar até lá.- falei
 -  O que te faz pensar isso, Ruivinha?- ele perguntou
  - Isso-  falei e estiquei a mão, novamente sangue escorreu por seus olhos e por seu nariz, seus joelhos cederam e apertou a cabeça com as mãos, eu não tinha plena consciência do que estava fazendo, ou de como estava fazendo. Fazia e ponto final.- Você está nas minhas mãos. Agora, Márlon, que tal nos dar as drogas das nossas armas. Eu gosto de arco e flecha.- falei irritada.
 Infelizmente eu havia me convencido de que eu era um ''Ab'' sei lá o que das ''mortis''.
 O.k, também vou pro hospicio. Quero um quarto com janela e vista pro mar, por favor e obrigada.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Primeira Resenha. A Filha do Sangue







 A Filha do Sangue, começa como algo meio confuso, pessoalmente, acho que esta confusão é que o deixa mais intrigante, como seres humanos, queremos entender tudo. Um livro em que não entendemos tudo de cara nos ''desafia'', por assim dizer.
Nas primeiras folhas antes do prólogo, encontramos a hierarquias das joias- tipo você tem uma joia branca, sua joia é a mais fraca e a negra a mais forte- e na segunda, a hierarquia dos Sangue. Tipo, Viúvas Negras, Príncipes dos senhores da guerra, e... é claro, as Rainhas, ou também chamadas as Feiticeiras.
Conforme o livro se segue, encontramos três personagens que ''se odeiam'' (ou vem a se odiar), eles são Saetan SaDiablo, senhor supremo da ampulheta. Lucivar Yaslana (SaDiablo), filho de Saetan, com uma eriena e ele tá preso em Pruul (só um detalhe, o cara tem asas...) e Daemon Sadi (SaDiablo) um filho bastardo de Saetan com Tersa, perigoso e também conhecido como o Sádico. São todos muito afastados, muito poderosos, perigosos e... são praticamente inimigos. O que impede que se matem? Um conhecimento em comum. Jaenelle Angelline, a personagem principal. Um garota de 12 anos, que se tornara a Rainha das Trevas (também conhecida como Feiticeira). A menina, Jaenelle sofre muito, e seu passado, não só é um mistério, como também assombroso. Jaenelle possui todas as joias das trevas. Desde de a Branca passando pela Olho de TigreRosa, até a Negra passando pela Azul-Safira e a Cinza-Ébano.
A garota não faz ideia do quão poderosa, e perigosa é. Mas, uma vez que seus inimigos- mulheres arrogantes e cruéis, dentre elas Dorothea SaDiablo e Hekatah- descobrirem que ela é a Feiticeira, seu destino pode ser a morte, ou... suas inimigas podem manipula-la, visto que Jaenelle tem doze anos e confia em todos, ela não sabe, a quem deve temer.
Por isso, cabe a Saetan, seu tutor na Arte- feitiçaria- Lucivar, seu amigo e protetor e Daemon, seu amigo e... talvez, um dia, futuro amor (sim, eu quero o Daemon com a Jaenelle, no próximo livro parece que ela já tem 18, então não tem problema algum), cabe a eles, que se odeiam, que querem a morte uns dos outros, a manter Jaenelle viva e segura.
Mas, há perigos dos quais eles não podem esconde-la, afinal, como se esconde alguém... da própria família?

Uma das folhas deste-maravilhoso- livro diz 

Era poder demais. Nem os Sangue estavam destinados a deter tal poder. Nem a Feiticeira jamais controlara todo esse poder. A verdade é que esta menina controlava. Esta jovem Rainha.

A filha de sua alma. Com esforço, Saetan estabilizou a respiração. Poderia aceita-la. Poderia ama-la. Ou poderia temê-la. A decisão cabia a ele, e o que quer que decidisse aqui e agora, seria uma decisão com a qual teria de viver.



E ai? O livro vale a pena? Espero que gostem desta resenha. A próxima será sobre, Coração Envenenado.
Este blog é agora uma forma de eu matar a saudade de vocês, até o próximo post.